Como evitar candidíase e infecção urinária
A recorrência dessas doenças aumenta no verão, pois suamos mais nessa época – tanto durante o exercício como ao longo do dia!
Quantas mulheres você conhece que já tiveram candidíase? Muitas, certo? Esse número é ainda maior quando falamos em infecção urinária.“É difícil citar doenças que sejam mais comuns entre o público feminino do que essas duas. Elas ganham disparadas no quesito frequência”, confirma Maria Stela Sgavioli, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.
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A recorrência dessas doenças aumenta no verão, pois suamos mais nessa época, tanto durante o exercício como ao longo do dia. As horas na praia ou na piscina também aumentam. Tudo isso mantém a calcinha e o biquíni úmidos, o que facilita a proliferação de fungos e bactérias na região íntima. Os sintomas são diversos e incomodam bastante, como coceira na vagina, ardência para fazer xixi e dor pélvica.
Mas, apesar de muito frequentes, é possível evitar a candidíase e a infecção urinária, mudando hábitos diários e de alimentação. Confira abaixo mais informações sobre a candidíase e a infecção urinária:
CANDIDÍASE
O que é?
É uma infecção fúngica, na maioria das vezes provocada pelo fungo Candida albicans, que habita a vagina e outras regiões como pele, boca, estômago e intestino. Mas, como a região íntima tem o ambiente propício (abafado e úmido) para a proliferação de fungos, ele acaba aparecendo ali com mais frequência. O mais comum é aparecer no períneo (área na base do púbis, onde estão situados os órgãos genitais e o ânus) e nas regiões perianal e inguinal. As mulheres podem sentir coceira na vagina e no canal vaginal, ardência ao urinar, dor nas relações sexuais, além de identificar um corrimento branco semelhante à nata do leite.
Como se prolifera?
Apesar de não ser uma doença considerada sexualmente transmissível (DST), já que a Candida existe naturalmente no corpo, ela pode ser transmitida pelas relações sexuais. Também pode estar associada à fatores que podem provocar mudanças na flora vaginal, como:
- Queda da imunidade
- Uso de antibióticos
- Anticoncepcionais
- Imunossupressores
- Corticoides
- Gravidez
- Diabetes
- Higiene íntima inadequada
- Alergias
- Uso de tecidos sintéticos
- HPV
- Consumo exagerado de açúcares e alimentos ácidos
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Como prevenir?
A melhor maneira de prevenir a proliferação anormal do fungo é evitar a exposição prolongada da região genital a situações quentes e úmidas, arejando a pele com frequência. “O ideal é que a mulher não fique com roupas molhadas ou suadas por tempo prolongado”, aconselha Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra. Vale ainda dormir sem calcinha e evitar roupas íntimas de material sintético. Uma alimentação balanceada, rica em vitamina C e com baixa ingestão de doces, além de boas noites de sono e controle do estresse, também são essenciais para o equilíbrio do sistema imunológico. Toda vez que a imunidade baixa, a tendência de ter corrimentos por candidíase aumenta.
Como tratar?
O tratamento é feito com antifúngicos, podendo ser tópico ou via oral, geralmente associado a pomadas que combatem a coceira e o ardor local. Algumas vezes, o parceiro também deve ser tratado.
É possível tratar em casa ou sempre há necessidade de remédios?
Não existe truque caseiro. O uso do antifúngico quase sempre é necessário. Medidas como compressas com chá de camomila ou com água gelada podem aliviar os sintomas locais, mas não tratam o fungo. Há, porém, certa relação do coco com a prevenção da doença. Na água dessa fruta existe uma substância chamada de ácido láurico, que quando cai no estômago vira monolaurina, um excelente antifúngico e antibacteriano. A substância melhora a imunidade da vagina e do corpo, evitando o corrimento.
É muito comum entre as brasileiras?
Qualquer mulher que more numa região quente tem maior predisposição à doença. A região íntima das habitantes desses locais fica frequentemente mais abafada e úmida e esse quadro pode ser mais intenso, dependendo da roupa que se usa, se é apertada ou se a calcinha é de lycra, por exemplo. O quadro se agrava ainda mais em locais com uma extensa zona de praias ou onde o hábito de se frequentar saunas e piscinas é muito difundido.
Se não tratar, o que acontece?
A candidíase pode evoluir para uma doença inflamatória pélvica, que dependendo da gravidade, poderá até mesmo ser realizado com cirurgia.
INFECÇÃO URINÁRIA
O que é?
Pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário como rins, bexiga, uretra e ureteres. Esse tipo de problema é muito mais comum em mulheres do que em homens, já que elas possuem um canal da uretra menor e consequentemente têm mais riscos de desenvolver uma infecção. Os principais sintomas são ardência ao urinar, ter muita vontade de fazer xixi, urina escura e com cheiro forte, dor pélvica e dor no reto. Em casos mais graves é possível sangrar ao urinar.
Como se prolifera?
Alguns fatores favorecem a proliferação bacteriana anormal: aumento da frequência de relações sexuais, sexo anal (as bactérias do ânus podem entrar em contato com a vagina por meio do movimento do pênis), má higiene após o ato sexual, infecções vaginais, intestino preso, imunidade baixa, má higiene genital, alimentação inadequada. O uso de alguns tipos de contraceptivos, como espermicidas, também pode ser considerado um fator de risco.
Como prevenir?
As principais táticas para ficar longe do problema são:
- Urinar após as relações sexuais (acredite ou não, mas durante o sexo, as bactérias podem ser empurradas para a sua bexiga e urinar fará com que você limpe o canal)
- Usar calcinha de algodão
- Tomar muita água para hidratar e manter o aparelho urinário funcionando bem
- Tratar eventuais infecções ginecológicas
- Visitar o ginecologista todos os anos para fazer exames
- Manter uma alimentação balanceada
- Dormir em média oito horas por dia para garantir uma boa imunidade
- Não segurar xixi por muito tempo
Como tratar?
O tratamento varia muito de acordo com o tipo de infecção, assim como sua gravidade. Porém, é comum o tratamento feito à base de antibióticos. Ainda podem ser usados sintomáticos para combater as cólicas e a ardência ao urinar.
É possível tratar em casa ou sempre há necessidade de antibiótico?
Uma vez confirmada a infecção de urina, o uso de antibióticos é sempre necessário. A melhor medida caseira para evitar a infecção e auxiliar no tratamento é a ingestão adequada de líquidos. Alguns estudos sugerem que a diminuição na ingestão de alimentos ácidos (como limão, abacaxi e rúcula) na vigência da infecção tende a amenizar os sintomas.
É muito comum entre as brasileiras?
Sim! Devido ao calor intenso, que requer um aumento na ingestão de líquidos e que pode levar ao aparecimento de infecções vaginais como a candidíase, que favorece a infecção do trato urinário.
Se não tratar, o que acontece?
O não tratamento das infecções urinárias pode levar a quadros graves, devido ao risco de contaminação dos rins pela bactéria. Uma vez nos rins, a bactéria pode chegar à corrente sanguínea, causando febre, calafrios e até perda da consciência. Uma vez generalizada e afetando os demais órgãos, a infecção se torna extremamente séria e pode até matar.
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