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Entenda qual a importância da biomecânica para a corrida

Ainda existem muitas dúvidas sobre a maneira ideal de praticar a corrida, porque não existe um consenso entre os pesquisadores e estudiosos

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Por Raquel Silvério*

Ainda existem muitas dúvidas sobre a maneira ideal de praticar a corrida. E talvez isso aconteça porque não existe um consenso entre os pesquisadores e estudiosos do assunto. Alguns deles defendem que a corrida comece pelo antepé (feita com a parte frontal dos pés), outros acreditam que inclinar o tronco seja a maneira mais adequada de praticar o exercício, já que a carga estará dividia na região do quadril e nos membros inferiores. E há ainda os que defendem o aumento da cadência visando menor impacto, menor gasto energético e maior controle.

Diante destes diferentes pontos de vistas e estudos que comprovam os benefícios de cada uma destas técnicas, o importante é encontrar a que mais se adequa ao seu estilo (perfil, pisada e alinhamento corporal). Para isso, é preciso fazer uma análise detalhada de como está a biomecânica deste corredor e ajustar alguns pontos importantes, já que qualquer alteração pode levar a patologias, dores e perda de rendimento.

Quando uma pessoa começa a correr, é muito comum que ela crie alguns vícios. E caso haja alguma disfunção biomecânica, ela acabará sobrecarregando demais determinados grupos musculares ou região do corpo, sem perceber, já que o corpo acaba se adaptando inclusive ao movimento que estamos acostumados a realizar, compensando e prejudicando outros músculos. E somente através de uma análise mais completa e aprofundada será possível realizar um trabalho específico, fazendo todo o reforço muscular com exercícios direcionados, aplicando técnicas de mobilização articular caso haja alguma diminuição do movimento e também visando corrigir algumas alterações comuns de coordenação e controle motor.

Já existem clínicas especializadas, com avaliações especificas, como a Avaliação Cinemática 2D que tem como objetivo a análise de alterações que podem desencadear possíveis lesões ou no caso de lesões já instaladas, avaliar quais os fatores que levaram a ela.

Ao realizar essas avaliações podemos melhorar muito o nosso desempenho, recuperar e prevenir futuras lesões. Em resumo, acredito que não exista um padrão de corrida ideal, o ideal mesmo é conhecer o próprio corpo e os seus limites.

Raquel Silvério
Fisioterapeuta (Crefito: 116746-F) e Diretora Clínica do Instituto Trata, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland e Mulligan e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral. Acesse: www.institutotrata.com.br