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“Viajar para correr é tudo de bom”

Daniela aliou duas paixões e já participou de provas na Argentina, no Chile, no Uruguai, na Alemanha…

Juliana MesquitaPor
Juliana Mesquita

Viajar para correr é tudo de bom

O esporte sempre esteve presente na vida da servidora pública Daniela Campos de Oliveira, de 39 anos. Desde pequena, ela observava seu pai correr pelas ruas de Belo Horizonte, onde morou até a adolescência. No entanto, o amor pela corrida só surgiu aos 28 anos, quando ela participou de sua primeira prova: a Volta Internacional da Pampulha, em 2006.

Desde então, muitos desafios vieram, e a paixão de Daniela pela atividade física aumentou ainda mais quando ela começou a viajar para correr. As primeiras competições foram em solo nacional. Ela participou da Volta à Ilha, em Florianópolis, e depois em encarou os 21 km na World Trail Run, realizada em Arraial do Cabo (RJ). Encantada com a experiência, em setembro de 2015 ela aceitou o convite de amigos para sua primeira corrida internacional, a Meia Maratona de Buenos Aires, na Argentina. “A prova foi incrível. Lembro que havia muitos brasileiros, especialmente do Rio Grande do Sul. Um clima muito gostoso, bem friozinho e uma corrida bem organizada. Passa por uns lugares não tão bonitos, mas vale a pena”, garante.

Próxima parada: Santiago
Conhecer um país diferente pela ótica da corrida encantou a servidora pública, que decidiu fazer isso mais vezes depois de Buenos Aires. O segundo país escolhido foi o Chile, onde ela participou da Meia Maratona de Santiago, em abril de 2016.

Primeiro, Daniela convidou alguns amigos para fazer a prova ao lado dela, porém não conseguiu ninguém para acompanhá-la. E quem pensa que ela desistiu da ideia está muito enganado: a corredora simplesmente resolveu aceitar o desafio sozinha.

Corrida em Santiago, no Chile “Eu já sabia como que era o esquema: eu deveria buscar o kit e no outro dia seria a corrida. Como eu gosto demais de correr, me divirto muito, pensei: ‘Vai ser divertido, mesmo sozinha’. Então, fui para Santiago”, conta. Daniela só guarda boas lembranças do país. “O pessoal do Chile é muito animado, eles cantam muito. Eu amei a corrida de lá: ruas maravilhosas, um percurso lindo. No final, eles dão frutas, tem massagem; é tudo muito organizado. Eu me apaixonei por essa corrida, tanto que voltei a Santiago neste ano para fazer a meia de novo. É uma prova muito gostosa, com um clima friozinho, muito bom.”

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A conquista dos 42 km em Berlim
Empolgada com as viagens, Daniela mal desfazia as malas e já estava com sede de novas corridas. Por isso, assim que retornou de Chile, não pensou duas vezes quando os amigos disseram que estavam interessados em participar da Maratona de Berlim (Alemanha). “Eles iam se candidatar ao sorteio da prova e pedi colocarem meu nome. Aí, o que aconteceu: todo mundo desistiu, mas eu continuei com vontade de ir.”

Como a vaga pelo sorteio não veio, Daniela resolveu comprar sua inscrição com uma agência de viagens. Feito isso, veio a parte mais importante: treinar para correr pela primeira vez os 42,195 km. Ela viajou para a Alemanha sozinha e, apesar de ficar encantada com a cidade, no dia da competição bateu um grande nervosismo. “Estava muito ansiosa porque era a minha primeira maratona.  Não sabia se conseguiria chegar ao final do percurso”, conta. Toda essa incerteza acabou no momento da largada. “Quando comecei a correr, foi bem tranquilo, tanto que de repente eu já estava no km 15. Parecia que estava correndo só há 5 minutos, passou muito rápido.”

Ao ultrapassar a linha de chegada, Daniela a euforia foi completa. “Foi muito lindo, um sonho. Eu acho que a maratona é desafiadora. Depois que você completa, é a melhor sensação do mundo: um misto de conquista e de superação.” E viajar para correr a Maratona de Berlim ainda trouxe para Daniela outra experiência única. Ela retornou para o Brasil com a camiseta da prova. Ao vê-la no avião, o comandante perguntou se a corredora tinha completado a prova. “Peguei minha medalha na bolsa e mostrei a ele, que me deu os parabéns e disse também ser corredor. Aí, o comandante perguntou se eu queria conhecer a cabine. Claro que aceitei! Foi o máximo! Nunca imaginei que uma medalha faria tanto sucesso.”

viajar para correrEsporte sem fronteiras
Depois de ir sozinha a Berlim e encarar uma maratona, Daniela teve a certeza de que conseguiria viajar para qualquer lugar sem companhia. Foi assim que ela resolveu correr na Meia de Paris. “A corrida foi um pouco afastada do centro, em um parque lindo. Estava muito frio e a previsão era de chuva. A corrida é muito organizada, com música e um pessoal é animado. Assim que a gente começou a correr, a chuva ficou muito, mas muito forte. Mesmo assim foi lindo. Eu não me preocupo muito com o tempo que vou terminar a prova, só quero me divertir e ver as paisagens”, afirma.

Novos desafios
É claro que Daniela já está empolgada com as próximas viagens. Na agenda, já há  espaço reservado para a Meia Maratona de Punta del Este (Uruguai) em setembro deste ano, que ela já correu em 2016, como treino para Berlim. Depois virão os 21 km de Amsterdã (Holanda). Por fim, em janeiro de 2018 a servidora vai realizar o sonho de participar da Meia Maratona da Disney. Este ano, ela já viajou para participar da prova em Orlando (EUA), porém, o evento foi cancelado por causa do mau tempo. Depois disso, é claro que muitas outros desafios virão. Nos planos de Daniela estão Itália, Noruega e onde mais a corrida a levar.

Ela ainda conta que tem planos para correr na Itália em março e talvez na Noruega em setembro do ano que vem.