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Treino

Os benefícios da corrida para o ambiente de trabalho

Incentivos a atividades físicas podem trazer vantagens tanto para o funcionário quanto para a empresa

Lucas ImbimboPor
Lucas Imbimbo

ambiente de trabalho

O esporte traz inúmeros benefícios à saúde de quem pratica – isso quase todos já sabem. Quando ligada ao trabalho, porém, as suas vantagens podem ir além – beneficiando não somente o funcionário, mas também a empresa. Entenda a seguir:

Motivação em alta

A corrida libera substâncias em nosso organismo que nos deixa mais dispostos e motivados para realizar as tarefas do dia. A sensação de bem-estar oferecida pelo esporte pode permanecer durante todo o dia. Nesse caso, o mais indicado é que se faça exercícios pela parte da manhã – antes de ir trabalhar.

Equipe unida

“Por ser um esporte colaborativo, a corrida aproxima e integra os colaboradores, promovendo mais comprometimento e entendimento entre a equipe”, explica Rodrigo Lobo, treinador e diretor técnico da Lobo Assessoria Esportiva, em São Paulo. Para ele, a corrida gera uma parceria entre os funcionários, podendo otimizar a forma de trabalho e garantindo resultados de maneira mais sólida e rápida.

Henrique Marques, gerente de relacionamento da Linkedin no Brasil, confirma. “As atividades físicas funcionam também como eventos sociais. Os funcionários são bastante engajados com esses programas de bem-estar da empresa e o retorno que recebemos de quem participa são sempre positivos”.

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Todo mundo sai ganhando

A introdução da corrida no ambiente de trabalho reduz o índice de faltas e problemas de saúde dos funcionários – diminuindo, consequentemente, os gastos com esse setor. Além disso, projetos externos agregam mais valor à empresa.

E os funcionários aprovam. “Aqui na Johnson & Johnson, o feedback é positivo. Nós recebemos vários relatos de pessoas satisfeitas – desde pessoas cada vez mais dispostas a cuidarem de suas famílias, como grandes perdas de peso e melhora na autoestima. Nosso programa focado em alimentação saudável e atividade física “ Bem Leve “, por exemplo, teve um índice de 98% aprovação pelos participantes”, explica Carlos Dias, Gerente Médico de Global Health Services, da Johnson & Johnson.

De acordo com estudos citados no artigo “Atividade física na empresa: perspectivas na implantação de programas de atividade física e qualidade de vida”, os três fatores que mais impactam no custo de saúde dos funcionários são: tabagismo, sedentarismo e obesidade. Os indicadores da pesquisa mostram:

A) Fumantes

Exigem 114% mais em tempo de internação
Faltam 40% mais que não fumantes
Custam 26% mais em despesas com saúde

B) Sedentários

Exigem 54% mais em tempo de internação
Custam 36% mais em despesas de saúde

C) Obesos

Exigem 85% mais em tempo de internação
Custam 8% mais em despesas de saúde

Quando comparado a funcionários ativos físicamente, houve uma redução de 23%, 34% e 50% nas faltas anuais (respectivamente) – o que daria uma redução média de 2 a 5 dias ano por funcionário. Além disso, empresas que investiram em programas de qualidade de vida obtiveram um aumento médio de 39% na produtividade de seus colaboradores.

“No Linkedin temos diversos incentivos pelos quais patrocinamos inscrições de provas de corridas, aulas de yoga, meditação etc. Além desses benefícios, os funcionários ganham também um montante anual para atividades externas aos programas do escritório”, diz Henrique.

Melhores treinos

O treinador Rodrigo Lobo recomenda os treinos de rodagem mais leve, ou seja, mais tranquilos e divertidos para se fazer com os grupos de funcionários. Algumas dinâmicas, que utilizam o corpo como ferramenta, também podem ser inseridos no plano de atividades.

“Outros esportes como o vôlei, ciclismo etc, também são boas opções. Assim como a corrida, eles trazem os benefícios para o funcionário e para o ambiente de trabalho”, explica.