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“Juntas somos mais fortes”

Amigas há mais de 25 anos, Mariana Cruz e Ana Paula Paranhos contam como começaram a compartilhar o amor pela corrida

RedaçãoPor
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amigas que correm juntas

Com quase três décadas de amizade e o triskle (símbolo celta) tatuado na pele de ambas, selando essa parceria tão duradora, as jornalistas Mariana Cruz  e Ana Paula Paranhos agora compartilham mais um gosto em comum: o amor pela corrida.

Engana-se quem acha que sempre foi assim. Pelo contrário! Durante muito tempo, as duas enfrentaram uma divergência: o esporte quase sempre as separava. “Essa história vem lá da infância, aos sete anos de idade. A Paulinha jogava vôlei no colégio, e eu, handebol. Na adolescência, muito pela curiosidade e inquietude, passei por dança, natação, muay thai e equitação, até me encontrar na musculação. Do vôlei, a Paulinha migrou para a ginástica, mas foi feliz mesmo no circo. Quando tudo parecia distanciar nós duas, surgiu o circuito funcional e nos uniu”, lembra Mariana.

O amor pela corrida veio logo em seguida. “Com o treinamento funcional, nosso condicionamento aeróbio melhorou em pouco tempo, o que fez a Paulinha procurar uma assessoria para começar a correr”, conta Mariana.

Apesar de dar o primeiro passo em direção à corrida, Paula logo teve uma surpresa desagradável: uma tendinite no glúteo. Mariana, que ainda não havia se rendido ao esporte, avisou a amiga que ela precisaria investir pesado na musculação. Em resposta, Paulinha disse que Mariana deveria começar a correr. “Uma condromalácia patelar desde os tempos do handebol era a desculpa perfeita que eu tinha para negar o desafio. E assim foram anos e anos até que recebi um convite que atingiu em cheio meu coração. Um grupo de amigos jornalistas resolveu se reunir para correr a prova do Instituto Ayrton Senna: impossível negar. Ele era meu ídolo. Pronto! O plano estava armado e a conexão com a corrida feita”, relembra Mariana.

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Depois de ingressarem de vez na corrida, as duas traçaram novos objetivos. A Paulinha agora quer fazer meias maratonas, enquanto a Mari sonha em subir no pódio em provas de 5 km e 10 km. “Hoje, as dores no joelho, no quadril e no glúteo já não servem de pretexto para nos separar na hora de se exercitar. Prova disso é que escolhemos a corrida Caixa Athenas, em São Paulo, para compartilhar este momento especial de fazermos uma corrida juntas”, garante Mariana.

“Juntas somos mais fortes”

O tempo fechado do domingo (05/11) foi  perfeito para as duas, que largaram para um novo momento da amizade. “O percurso em plena Marginal Pinheiros se mostrou encantador e, na mesma passada, nós ficamos impressionadas como o cinza da Paulicéia poderia se tornar interessante quando o caminho é feito a pé. Os 5 km percorridos em pouco mais de 30 minutos não exigiram tanto esforço físico, mas isso não quer dizer que não nos emocionou. Na reta da Marginal, nos atentamos às pessoas que se curaram de graves doenças, que levavam crianças com alguma deficiência ou que estavam ali simplesmente pela saúde”, destaca Mariana.

Sem dúvidas, a corrida tem contribuído e muito para o fortalecimento dessa amizade. “Aos 32 anos, após 25 anos de caminhos separados no esporte, nós entendemos que aquele papo de ‘juntas somos mais fortes’ é verdadeiro. Assim, seja na musculação, seja no circuito funcional ou seja na corrida, a amizade, que já era motivo de tatuagem igual, se tornou mais especial em meio a largadas, playlists, paces, passos, suor e conquistas”, finaliza Mariana.