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Nutrição

6 dúvidas sobre o jejum intermitente

O método é eficiente para emagrecer? Quem pode fazer? Quais são os benefícios? Confira as repostas para essas e mais perguntas

Juliana MesquitaPor
Juliana Mesquita

Com o aumento de reportagens acerca do tema e do número de celebridades que aprovaram a dieta, o jejum intermitente vem ganhando cada vez mais popularidade. O interesse pelo estilo de alimentação também tem gerado um grande número de dúvidas. Pensando nisso, reunimos nesta matéria alguns esclarecimentos sobre o assunto, que você confere a seguir.

O que é?
O jejum intermitente é um método de emagrecimento que tem como objetivo intercalar períodos de jejum com períodos de alimentação. A meta desse tipo de dieta é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura e, dessa forma, resulte em uma maior perda de massa gorda.

Quanto tempo posso ficar em jejum?
O período sem comer varia de pessoa para pessoa, podendo durar em torno de 10h a 24h, todos os dias ou em dias alternados. “O jejum deve ser pré-estabelecido de forma personalizada, prescrito por médico e nutricionista, com rotinas que podem ser de 8h, 10h, 12h ou 16h. Essa prática só faz sentido se for aliada a hábitos alimentares saudáveis, que devem ser orientados por um especialista”, destaca Clarissa Brugugnoli, nutricionista especialista em obesidade e emagrecimento. Os momentos em que a alimentação é permitida são chamados de janelas de alimentação. Fora delas, a pessoa pode consumir líquidos que não possuam calorias, como água, chás e café sem açúcar.

 

O que comer após o jejum?
Neste tipo de método, a pessoa costuma ter, no máximo, duas refeições diárias. Por isso, é de extrema importância priorizar os alimentos certos, para que o corpo receba todos os nutrientes essenciais para o seu bom funcionamento. “Deve-se investir em alimentos que contenham fibras, porém com médio a baixo índice glicêmico, como pães 100% integrais ou frutas com aveia. Alimentos fontes de proteína, como queijos magros, iogurte desnatado e peito de frango também devem estar presentes nas refeições”, orienta Clarissa.

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E quanto aos exercícios físicos?
Alguns especialistas aprovam a prática de atividades físicas em jejum, outros, nem tanto. Mas, tudo vai depender de uma avaliação individual. “A prática de exercícios físicos é liberada durante o jejum. Somente nos casos mais severos (acima de 16h), ela não é indicada. O benefício é a melhoria da composição corporal: o jejum não só reduz o percentual de gordura, mas favorece o ganho de massa magra, pois há produção de gH (hormônio do crescimento), beneficiando a hipertrofia muscular”, destaca Flaviane Calônego, nutricionista e especialista em metabolismo.

E os benefícios?
Vão além do emagrecimento. “O jejum intermitente pode ajudar na prevenção de doenças como a obesidade e o câncer; aumentar o tempo de vida; melhorar o nível de massa magra e melhorar a composição corporal. Causa, ainda, maior oxidação de gordura (queima);  diminuição do colesterol; redução dos níveis de insulina; modulação da inflamação; redução do estresse oxidativo; melhoria da motilidade intestinal; redução do apetite e do desejos por doces”, lista Flaviane.

Todo mundo pode fazer o jejum intermitente?
Não. Por ser uma dieta restritiva, existem algumas contraindicações. “O jejum intermitente não é indicado para indivíduos com histórico de distúrbios alimentares, grávidas, lactantes, crianças, pessoas com diabetes, com distúrbios gástricos e idosos acima de 70 anos”, lista Flaviane. Pessoas que buscam o crescimento da massa muscular e atletas de alta performance também não devem optar por essa dieta. “Para atletas maratonistas, não é indicado esse tipo de jejum, porque a perda de massa magra pode ser aumentada, influenciando no rendimento. Claro que cada metabolismo deve ser avaliado de forma individual”, destaca a nutricionista.

Consulte um especialista! 
Tentar fazer o jejum por conta própria, sem a orientação correta de um profissional, pode resultar em efeitos contrários aos desejados. “Algumas pessoas chegam a dobrar a ingestão alimentar e acabam ganhando mais peso do que no início da dieta”, alerta Clarissa.  Definir o tempo em jejum, assim como os horários de cada refeição, é essencial para o sucesso da sua dieta e, consequentemente, para o alcance dos seus objetivos.