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Mães corredoras: superação e muito amor

Corredoras dedicadas contam como conseguem conciliar dois amores: os filhos e a corrida

RedaçãoPor
Redação

(Fonte: Shutterstock)

A corrida de rua é um esporte democrático e que cativa vários grupos diferentes. Um deles é o de mães. Elas conciliam a rotina de treinos para o esporte com as tarefas que acompanham a chegada dos filhos. O WRun entrevistou mães corredoras, que mostram que essa “vida dupla” é difícil, mas recompensadora.

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A mineira Junia Auler, 48, conta que encontrou na corrida de rua um jeito de perder os quilos extras que ganhou na gestação de seu segundo filho: “Eu precisava fazer algo por mim, e para mim”. Em março de 2018, ela correu sua primeira prova, a etapa carioca da WRun: “Dizem que quando você corre pela primeira vez, não consegue pensar em outra coisa. E eu garanto: é a mais pura verdade”.

“A corrida de rua é uma vitória pessoal.
É a certeza de que você é capaz”

Junia ainda encontra tempo de fazer brigadeiros caseiros para vender e ir para a academia. Ela separa as manhãs para os exercícios: “Muitas das vezes, fico a manhã inteira na academia. Esse é o meu momento” diz. Depois, a rotina é voltar para casa, cuidar dos filhos e trabalhar.

A mineira conta que sua filha mais velha, Mariana, prefere outros esportes. Em compensação, Pedro, de apenas 5 anos, adora acompanhar a mãe: “Se puder, corre todas comigo”. A dupla já correu duas provas em 2018 e promete não diminuir o ritmo.

Junia e Pedro posando depois de mais uma corrida juntos (Arquivo pessoal)

Apesar da carreira curta no esporte, ela já teve que superar obstáculos. O maior deles, segundo ela, foi um edema ósseo por stress na tíbia, em 2018. Neste momento de medo, Junia encontrou forças nos filhos, marido e amigos para superar a recuperação e a fisioterapia. A lição foi aprendida, a corredora diz que aprendeu a ouvir o corpo e a respeitá-lo.

O mais importante para ela são as lições aprendidas com o esporte: “Somos capazes, o importante é não desistir no primeiro tombo”, diz. Junia conta que correu 10 km na Cosan Athenas 15K no Rio, e pretende correr 12 km na próxima etapa do circuito, a  Cosan Athenas Run Stronger 18K.

“Imaginava que poderia ser uma avó
fisicamente ativa na vida dos netos”

O medo do sedentarismo foi o principal motivo para a paulista Sara Batista, de 29 anos, começar a correr. Dois anos depois de entrar para esse mundo, ela recebeu a notícia da vinda de sua filha, Lara. Hoje com 3 anos, a pequena ainda não entende o porquê de sua mãe sair de madrugada para treinar, mas Sara faz questão de mostrar o quanto correr faz bem para ela.

Um de seus maiores desafios é encontrar tempo para todos os compromissos: “Fico mal quando não dou conta dos treinos, quando não consigo chegar em casa com a Lara ainda acordada”. Mesmo assim, Sara acredita no equilíbrio e diz que se sente feliz com as pequenas vitórias diárias: “Enquanto minha filha estiver feliz, eu for uma profissional querida e conseguir treinar duas vezes por semana, estarei realizada”.

Sara pretende envolver a filha Lara na vida de corrida de rua (Arquivo pessoal)

Sara diz estar ansiosa para ter a companhia da filha nos treinos e espera que as duas possam correr provas juntas. Ela garante que não vai forçar nada, mas acha que a paixão pela corrida de rua também vai conquistar a pequena Lara.

A paulista já participou do circuito Athenas em 2018 e promete buscar tempos melhores em 2019. Sara quer provar que o comprometimento com algo leva à evolução e mostrar a beleza da vida para sua filha. O próximo desafio da jovem mãe é o Cosan Athenas Run Stronger 18K  em São Paulo, que acontece no próximo dia 14.07.

*Por Daniel Veloso