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“Depois que comecei a correr descobri quanto sou forte”

"Adorei a energia da Venus, de mulheres incentivando e torcendo uma pela outra. Fiz várias amizades que duram até hoje"

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Por Marcia Di Domenico

Desde que entrou para a turma da corrida, há pouco menos de quatro anos, a analista de sistemas Andréa Miele, de 44 anos, coleciona momentos inesquecíveis nos treinos e provas. Nesse percurso, a Corrida Venus virou sinônimo de superação e entrou para a lista de competições preferidas dessa corredora paulistana.

Em 2016 Andréa realizou na Venus o sonho de completar 10 K pela primeira vez. Mas aqueles não eram quaisquer 10 K. Quarenta dias antes, ela tinha quebrado o nariz ao bater em uma porta de vidro mal sinalizada. Como na ocasião já estava inscrita em outra prova para estrear na distância, precisou adiar a meta e passar por uma cirurgia para reconstituir o nariz, quebrado em várias partes. “Ouvir do médico que eu teria que ficar tanto tempo sem correr foi pior do que saber que eu precisaria ser operada”, lembra.

Um mês depois do acidente, Andréa voltou a caminhar e a correr aos poucos, e foi então que elegeu a Venus para os primeiros 10 K da vida. Correu menos preparada do que gostaria, mas cruzou a linha de chegada inteira e feliz por não ter desistido de alcançar o objetivo daquele ano.

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Na edição seguinte, 2017, a Venus foi a escolha natural para o novo desafio como corredora: 15 K. “Adorei a energia da prova, de mulheres incentivando e torcendo uma pela outra. Fiz várias amizades que duram até hoje”, comenta.

Determinada, Andréa contratou uma assessoria esportiva remota e orientou os treinos de musculação e funcional para a performance na competição. No dia D, tudo ia bem até a altura do quilômetro 12, quando o calor e o cansaço ameaçaram tirá-la da pista.

“Nessa hora, lembrei do meu pai contando histórias do meu avô, sobrevivente da Segunda Guerra Mundial, e como ele atravessou a pé da Rússia até a Itália para trabalhar nas estradas de ferro do país naquela época”, recorda. Ela passou a repetir para si mesma: “Sou de uma família de pessoas fortes, não vou desistir”. Assim, terminou a corrida em 1h40min, realizada e orgulhosa.

Coragem, resiliência e força de vontade podem até ser heranças de família, mas Andréa não tem dúvida de que a corrida potencializou nela essas qualidades. Ela conta que, quando criança e adolescente, nunca levou muito jeito para esporte. “Na escola, era descoordenada nos jogos com bola e sempre a última a ser escolhida para compor os times. Cresci evitando atividades físicas porque achava que não eram pra mim”, diz. Hoje, em compensação, não vê limites para evoluir. Tanto que acabou de se matricular na natação, outro sonho antigo, e está aprendendo a nadar do zero.

Com astral sempre lá em cima, Andréa tem um truque para não se deixar abater pela exaustão durante a prova – e compartilha com a gente: “Quando vejo um fotógrafo no percurso, levanto os braços e abro um sorriso. Funciona como uma injeção de ânimo instantânea e ainda saio bonita nas fotos que ficarão de recordação para sempre.”

Corrida Venus 2018

As inscrições para a corrida Venus 2018 já estão abertas. Em São Paulo a prova será realizada no dia 2 de setembro e no Rio de Janeiro no dia 23 de setembro. Em ambas as cidades a prova terá percurso de 5 km, 10 km e 15 km. Para inscrever-se, clique aqui!