O que as mulheres têm a ganhar com a corrida
Especialista revela os benefícios do esporte e tira as principais dúvidas das garotas que amam praticar o exercício
Muitos são os benefícios da corrida, como fortalecer o coração e prevenir doenças como diabetes e hipertensão. Mas algumas dúvidas sobre corrida ainda podem surgir para as mulheres que estão começando no esporte.
Por isso, resolvemos sanar as principais questões sobre o assunto. Vale lembrar que, antes de iniciar os treinos, o ideal é fazer uma avaliação médica e procurar um educador físico para verificar se está tudo certo com sua saúde. Veja a seguir as principais dúvidas sobre corrida!
Parcialmente verdade
O que acontece é o seguinte: a saúde do organismo melhora muito após iniciar o esporte, o sistema cardiocirculatório rejuvenesce e ainda ocorre a diminuição da frequência cardíaca em repouso (seu coração se esforça menos para circular o sangue). “Entretanto, a pele sofre bastante com a alta produção de radicais livres e a exposição ao sol durante a atividade física. Por isso, pode ficar flácida”, afirma Sílvia Casseb, médica do esporte, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, especialista em exercícios na gravidez. Para retardar a ação dos radicais livres, aposte em suplementos ou alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas e vegetais.
Verdade
As mamas e as nádegas podem sofrer com o impacto repetitivo do esporte. Por isso, é importante usar roupas com boa contenção e sustentação – tecidos com elástico, lycra e cotton. “Muitas mulheres lembram de usar o top, que realmente segura as mamas, porém, esquecem do shorts de contenção e usam aqueles larguinhos. Isso é um erro se você quiser evitar nádegas flácidas”, explica a especialista. Conclusão: mesmo com musculação, o bumbum pode ficar mole.
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Parcialmente verdade
Muito comum no bumbum e nas pernas das mulheres, a celulite consiste na alteração da pele devido ao acúmulo de gordura, água e toxinas nas células. A corrida, por ser um exercício aeróbio, pode contribuir para o aumento da circulação sanguínea na região e, mesmo que indiretamente, melhorar a celulite. Mas só atividade física não basta para acabar com a celulite. É preciso seguir uma alimentação adequada e hidratar muito bem o organismo.
Verdade
Algumas substâncias que são liberadas durante a corrida (como a endorfina) melhoram o humor, a autoestima e até quadros de cólica leve. Portanto, o treino pode ser uma boa pedida no período pré e menstrual. “Nesta época a corrida pode ser praticada sem problema algum, pois não piora cólicas e sangramento”, afirma a médica.
Verdade
Se essas mulheres já treinam podem continuar a praticar o esporte sem problemas na gestação. Mas devem passar por avaliação de um médico do esporte e de um obstetra. “Os treinos de corrida sofrem adaptações em cada etapa da gravidez, conforme o tipo de gestação e se há risco de surgir complicações obstétricas ao longo do caminho. A avaliação do especialista é imprescindível para a segurança da mãe e do bebê”, alerta Sílvia Casseb.
Mito
Segundo Sílvia, a corrida evita problemas circulatórios de estase, que são aqueles em que o sangue fica parado ou mais lento dentro dos vasos. Como a modalidade aumenta a frequência cardíaca, o sangue corre mais rápido nos vasos e isso evita a formação de varizes. O impacto dos pés no chão não é suficiente para formar varizes. “O que pode ocorrer é a ruptura de pequenos vasos superficiais, que podem ficar mais aparentes, dando um aspecto de rendilhado embaixo da pele.”
Verdade
Uma das maiores dúvidas sobre corrida! A estrutura óssea do quadril feminino é mais larga, formando uma angulação maior com a patela, um osso do joelho. Isso proporciona alterações angulares do quadril ao pé e, consequentemente, faz com que as mulheres estejam mais suscetíveis a lesões. Por isso, é muito importante estar sempre atenta e respeitar os sinais do seu corpo.
Verdade
A corrida equilibra o organismo e ajuda na manutenção do nível saudável de diversos hormônios, incluindo os sexuais. Além disso, eleva endorfinas, neurotransmissores e autoestima. Isso contribui para que a libido melhore ou se mantenha mesmo com o avançar da idade.