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Saúde & Beleza

Corra pela saúde de seu coração

A atividade física ajuda na prevenção dos problemas cardiovasculares

Por
Olga Ferreira de Souza

corra pela saúde do seu coração

As mulheres se beneficiam muito com a corrida: ela traz inúmeros benefícios para o coração, como melhora da qualidade do sono, da capacidade pulmonar e dos níveis de colesterol, e auxilia a reduzir a osteoporose. A atividade física também ajuda a combater a hipertensão e a obesidade, que estão fortemente ligadas às doenças cardíacas entre as mulheres.

Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina apontou que as doenças cardiovasculares representam 36,9% das mortes em mulheres, enquanto 28,8% em homens. Isso mostra como a doença é mais fatal nas mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares (em especial infarto e AVC) são responsáveis por cerca de 30% das mortes no país.

Bom para o coração
A prática de atividades aeróbicas, como a corrida, aumenta a frequência cardíaca, melhora o funcionamento do coração e auxilia no controle da pressão arterial. Esse controle é importante, pois pessoas hipertensas possuem maior risco de AVC e infarto. Estudos apontam que, ao se controlar a pressão arterial, diminui-se em 15% o risco de infarto e em 42% o risco de derrame. Por isso é importante manter-se em movimento constante.

Além de ajudar na saúde do coração, os exercícios físicos praticados de forma moderada e regular têm papel importante na manutenção do peso, no equilíbrio do sono, na prevenção da osteoporose, na melhora do nível de colesterol bom (HDL) e redução do colesterol ruim (LDL). Há ainda liberação do hormônio endorfina, responsável pela sensação de bem-estar. A American Heart Association e o American College of Cardiology recomendam pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana.

Cuidados às principiantes
Mas antes de iniciar qualquer tipo de atividade física é importante a visita ao cardiologista para um check-up. Há doenças cardíacas que podem não apresentar sintomas, em especial a cardiomiopatia hipertrófica e as doenças genéticas que causam arritmias ventriculares, as quais podem levar à morte súbita. A hipertensão arterial também pode ser silenciosa e, quando não diagnosticada nem tratada, pode causar o AVC e contribuir para a ocorrência de infarto.

É válido ressaltar que a arritmia e a morte súbita não são fatos destinados a pessoas idosas. As arritmias cardíacas podem acometer pessoas de qualquer idade. Segundo a literatura mundial, a maioria das vítimas de morte súbita estava em sua idade mais produtiva. Mas a visita a um cardiologista poderá tranquilizá-la sobre esses fatos e incentivá-la na continuidade de sua prática esportiva  uma prática mais segura e saudável!

*Dra. Olga Ferreira de Souza, é cardiologista, coordenadora de Infraestrutura da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenadora de Métodos da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.