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Com origem na Medicina Tradicional Chinesa, a acupuntura é uma terapia milenar que criou raízes no mundo todo, e há muitos anos é conhecida no Brasil. A técnica consiste em aplicar agulhas pequenas e finas em pontos estratégicos espalhados pelo corpo (chamados de meridianos), visando o ajuste e bom funcionamento dos órgãos.
Para entender melhor o assunto e saber como a acupuntura pode ser útil para corredores e atletas em geral, WRun conversou com a acupunturista paulistana Renata Montanhana. Confira:
Renata explicou que a acupuntura cuida de aspectos psico-físicos como um todo, na tentativa de equilibrar as interações entre corpo, mente e meio. Por isso é difícil comparar o tratamento com outros mais populares, como a fisioterapia: “São práticas que se completam. A fisioterapia busca curar a dor, a acupuntura visa o reequilíbrio energético através da harmonização do funcionamento dos órgãos internos”.
A acupuntura atua em diversos aspectos físicos fundamentais para atletas. “As agulhas são capazes de diminuir dores localizadas, auxiliar na recuperação de lesões e tratar o lado emocional dos atletas“, afirma Renata. A técnica promove a produção de endorfina, que diminui o cortisol (o hormônio do estresse).
As agulhas também aumentam a resposta da testosterona, hormônio responsável pelo crescimento de massa muscular e força, aumento da densidade e da força óssea.
Além da acupuntura, atletas podem se beneficiar de outros métodos da medicina tradicional chinesa, como a fitoterapia, em que são usados remédios a base de plantas, e a ventosaterapia, em que são aplicadas ventosas com sucção a vácuo em vários pontos do corpo.
Apesar dos benefícios, um alerta deve ser feito: um profissional não habilitado pode levar o paciente a diversos problemas graves. Portanto, atenção ao profissional consultado, antes de se deixar “espetar”, certifique-se de que trata-se de um médico capaz (um bom lugar para encontrar um acupunturista é o site da Associação Brasileira de Acupuntura).
A acupunturista reforçou que o tratamento não tem contraindicações, mas é bom certificar-se de que o paciente não use anticoagulantes.
A técnica oriental pode ser uma saída, também, para quem não gosta de tomar remédios convencionais no dia a dia. A própria Renata se usa de exemplo. “O ideal é que o tratamento seja contínuo, eu mesma estou há quatro anos sem pegar uma gripe”, garante. Agora basta ter coragem de encarar as agulhas.