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Eleonora Mendonça lança instituto para incentivar o atletismo

Primeira maratonista brasileira a disputar uma Olimpíada, ela foi uma das principais defensoras da igualdade de gênero no atletismo

RedaçãoPor
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Eleonora Mendonça

A participação das mulheres nas corridas de rua cresce a passos largos. E muito disso é graças a ex-atleta Eleonora Mendonça, que no passado plantou diversas sementinhas importantes para o atletismo feminino. No final dos anos 1970, ela assumiu a presidência do Comitê Internacional de Corredores. Entre suas ações, a brasileira processou o Comitê Olímpico Internacional (COI), a Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o Comitê Organizador da Olimpíada de Los Angeles (1984) e seus presidentes por discriminação de gênero, já que até os Jogos de Moscou (1980) só os homens disputavam a maratona olímpica. O movimento culminou na realização da prova feminina em Los Angeles, e Eleonora se tornou a primeira brasileira a disputar os 42,195 km em uma Olimpíada.

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Agora, para preservar a história do atletismo nacional e incentivar o desenvolvimento do esporte, Eleonora Mendonça vai lançar um instituto que leva seu nome, nesta terça-feira, às 19h30, no Hotel Mar Palace, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Para marcar a criação da organização, será feita uma homenagem às dez atletas brasileiras que fizeram parte do movimento de luta pela igualdade das mulheres nos Jogos Olímpicos.

“Estou bastante entusiasmada com o trabalho que temos no Instituto Eleonora Mendonça na área do esporte, da cultura e do social. Um dos nossos objetivos é resgatar, preservar e divulgar os registros históricos esportivos, como também organizar eventos esportivos, culturais e sociais. Visamos o indivíduo e a sociedade como um todo. Juntamente com uma equipe dinâmica, vou trabalhar com a mesma dedicação que tinha em meu tempo de atleta, a mesma visão de empresária e a mesma determinação na defesa do atleta e do esporte”,  afirma Eleonora, que paralelamente à sua vida de maratonista criou a Printer, primeira empresa organizadora de corridas de rua do Brasil. Em 1978, ela promoveu a Corrida de Copacabana, de 8km, e, no ano seguinte, a primeira Maratona do Rio de Janeiro.