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Quebrei, e agora?

Bruna Guido conta suas experiências de quebra na corrida e dá dicas para passar pelo problema sem desanimar

Bruna GuidoPor
Bruna Guido

E aí atletas, como estão?

A temporada de provas de 2018 já iniciou, já participaram de alguma?

No último domingo eu encarei a minha segunda prova do ano, 21 km pela quinta vez na vida, e dessa vez foi bem puxado. Não deveria ter sido sofrido já que venho de uma preparação para mais uma maratona e meus treinos longos estão com volume próximo dos 30 km.

Tudo estava indo como o planejado, mantendo um pace médio de 4’30” por km até que cheguei ao km 12. Comecei a sentir as pernas pesadas e foi difícil manter o ritmo proposto. Fui ficando mais lenta e comecei a sentir um desconforto no quadril e os pés pegando fogo.

Persisti correndo e pensando se “era a minha cabeça”, me fiz várias perguntas, me motivei dizendo para mim mesma o quanto eu estava preparada para esses 21 km, me dizia sobre os meus treinos nas subidas do Parque do Carmo, pensei na Maratona de NY que corri “plena”.

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Em suma, vi que não era a cabeça, ela estava boa com pensamentos positivos, mas mesmo assim não consegui voltar ao ritmo proposto, além de dar duas paradas de alguns segundos durante a prova.

Eu “quebrei”. Sensação de não aguentar manter o ritmo e sentir uma vontade gigante de parar e ir embora. Confesso que eu só não desisti porque tinha que voltar. Fui na marra até o final e ainda fechei com um ritmo médio de 4’38”, o que é muito bom. (Observe como eu me motivo).

Mas o que fazer quando experimentamos uma quebra na corrida?

É normal quebrar. Às vezes o descanso nos dias anteriores faz diferença ou algo que comemos e não caia bem ou até o início da prova com uma velocidade muito alta…

Mas evoluir é não permitir que essa “quebra” de desanime e te deixe para baixo. Difícil ficar bem quando isso acontece, né? Fiquei chateada, lógico, mas foi apenas uma prova/treino. Não adianta ficar com neuras, agora é trabalhar nos erros para acertar nas próximas. Cabeça erguida e foco nos treinos e na recuperação.

Essa foi a minha terceira quebra na corrida. Em 2015 desisti de uma prova de 10 km no km 3 por uma forte dor no quadril e em 2017 quebrei na Rio City, minha primeira meia-maratona – até hoje eu não sei explicar o motivo, nada doeu, mas a cada km eu ia mais lenta, não conseguindo manter um ritmo confortável.

Nesse ano irei para a Rio City novamente para me redimir e irei muito mais preparada!

E vocês, têm alguma experiência de quebra na corrida?

Se quebrar, se ajuste para ir melhor na próxima. E vamos juntos!

Um grande beijo e ótimos treinos para nós.