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Corra no ritmo certo!

Saber identificá-lo é fundamental para a sua performance na corrida

Nanna PrettoPor
Nanna Pretto

Corra no ritmo certo

Claro que não tiro o olho do frequencímetro, principalmente quando estou perdendo a força. Vejo como estou em termos cardíacos  para entender se estou respirando direito, correndo no ritmo ou, de fato, exigindo demais do meu corpo.  Mas sei direitinho, por exemplo, a hora em que a água fará a diferença ou se será necessário o uso do gel.
São anos acertando e errando, mas, acima de tudo, conhecendo o meu corpo e o meu movimento durante a corrida.

Engraçado que quando percebo algo errado (um cansaço sem razão ou uma força sem necessidade), eu faço um check-up mental: olho como está o meu batimento; percebo se os braços estão paralelos ao corpo; encaixo os ombros e alinho a cabeça. Vejo como o meu pé está entrando na passada e se estou arrastando a pisada ou tirando o pé do chão. Isso não dura cinco segundos. Mas põe ordem na casa. Sabe aquela ajeitada que você dá quando está numa prova e o fotógrafo vem te clicar correndo? Pois bem…

Não necessariamente eu tenho a biomecânica perfeita do movimento da corrida (quisera eu!). Mas fazendo isso, eu consigo perceber se tem algo acontecendo com o corpo ou se o problema é a mente.

No treino de 10 km do último sábado, aliás, a danadinha da cabeça me derrubou. Eu ia fazer um percurso que não deu certo e acabei entrando em outra rua. A quantidade de sinais de trânsito me fez parar várias vezes. A calçada não era legal, o que me irritou demais. O batimento subiu, os pés começaram a pesar e eu sabia que não era nada. Mas a mente estava comandando o meu corpo. Caminhei, corri, senti raiva, tentei pensar em outras coisas, mudei a música. Terminei o treino, mas nada saiu como o esperado…
Encontrar o ritmo do corpo é fácil. Mas conseguir domar a mente tem sido o meu maior desafio.